segunda-feira, 27 de julho de 2009

Par Electrão/Positrão

Créditos: LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY/ SCIENCE PHOTO LIBRARY

Dois fotões entram no topo da câmara, produzindo dois pares electrão/positrão. O primeiro fotão arranca também um electrão de um átomo do gás, que desce para a esquerda. O segundo fotão transfere quase toda a sua energia para o par electrão/positrão, o que faz com que estes curvem menos no campo magnético do detector. De notar que a câmara de bolhas (detector) só é sensível a partículas carregadas, pelo que os fotões são invisíveis.

Enceladus - Scientific American

sábado, 25 de julho de 2009

Sobre a avaliação na Função Pública

Aqui fica uma referência ao post de Paulo Guinote, que desmonta por completo a mentira sobre os números do SIADAP na Função Pública e, em particular, no Ministério da Educação:

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A manutenção do poder

Já muitos têm referirdo a promiscuidade entre o poder político e económico, que faz com que não exista uma verdadeira concorrência entre empresas, que protege os grandes grupos económicos e financeiros e que permite a manutenção no poder do “centrão”.
Como quebrar este ciclo… É algo que não se adivinha fácil nem para breve, com as personagens políticas que temos nos partidos do poder e a dificuldade aparente das alternativas em o exercerem. Só uma maior cultura em geral, e democrática em particular, do povo português se poderia traduzir num maior espírito crítico e numa maior exigência face aos políticos que nos governam. Mas isso é uma tarefa de gerações, dado o ponto de partida e não parece que o poder político actual esteja empenhado nessa mudança.
De facto, acho mesmo que as políticas educativas que têm sido implementadas nestes últimos anos não têm o sentido de melhorar genericamente o nível cultural do nosso povo, mas seguem uma lógica de manutenção de poder, diminuindo a intervenção democrática dos actores educativos e alimentando o compadrio e o seguidismo. Perante a capa da meritocracia, incentivam a competição e o individualismo onde antes existia colaboração e solidariedade (como sublinhou Lídia Jorge), com as inevitáveis consequências no avanço da mediocridade. Promovem os aspectos formais e burocráticos em vez de premearem a autenticidade, com a subsequente teia de cumplicidades. Seguem uma lógica de resultados aparentes, sem ter em conta ao que correspondem na substância, criando a ilusão de progressos mas sem que mude, de facto, o status quo.
Tudo isto ocorre com o beneplácito de alguma comunicação social, ela própria sob a alçada do poder económico, quiçá com interesses inconfessáveis.
Mas a realidade, por vezes, surpreende-nos e não é de descartar a possibilidade de, perante este panorama fatalista e aparentemente irreversível, existir uma solução ao virar da esquina. Talvez essa esquina seja 27 de Setembro próximo.