quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Bom Ano Novo
Assim, a menos que uma hecatombe política resulte da actual crise internacional que se traduza num refrear do fervor neoliberal a nível mundial e que influencie a política doméstica, não é de esperar que a escola pública e, com ela, os professores, vejam abrandar a ofensiva destruidora, que a legislação laboral não se consolide no sentido da precariedade e da perda de direitos, que os serviços públicos não cedam à privatização e à maximização do lucro, que os grandes grupos económicos não sejam apadrinhados e acarinhados, em detrimento das pequenas e médias empresas, enfim, que uma cultura de fachada e de sucesso aparente recue e dê lugar ao que é autêntico e verdadeiro.
Por isso, é com uma certa esperança utópica que desejo, apesar de tudo, Bom Ano Novo!
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
120 anos
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
sábado, 26 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
sexta-feira, 18 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
Jogo de Sedução
“Never give all the heart, for love
Will hardly seem worth thinking of
To passionate women if it seem
Certain, and they never dream
That it fades out from kiss to kiss;
For everything that's lovely is
But a brief, dreamy, kind delight.
O never give the heart outright,
For they, for all smooth lips can say,
Have given their hearts up to the play.
And who could play it well enough
If deaf and dumb and blind with love?
He that made this knows all the cost,
For he gave all his heart and lost.”
W. B. Yeats
Que fazer quando alguém se insinua, sugere, se aproxima, toca, jogando com os duplos sentidos, no limbo da indefinição?
Que fazer quando nos espevitam a imaginação, “prometendo-nos” a felicidade?
Que fazer quando, depois de tudo isto e no momento da verdade, nos dizem: “não te dei a entender nada, percebeste tudo mal”?
O sentimento de engôdo é enorme, o de perda também. O primeiro impulso é o do ódio, mas esse destrói.
Compreender, tanto quanto possível ...
sábado, 5 de abril de 2008
Para os fumadores ...
Scientific American, 4 de Abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Maus tratos a alunos
02.04.2008 - 14h49 PÚBLICO
"O segundo caso, avançado ontem pelo PÚBLICO, diz respeito à queixa-crime apresentada pelos pais de três crianças da escola básica do Salgueiral, em Guimarães, onde uma professora alegadamente usou fita-cola para calar os alunos."
Talvez os factos não sejam exactamente esses. A esse propósito, ver este post.
Se se confirmar a deturpação, dá que pensar: a quem interessa a política de terra queimada aplicada à Escola e aos Professores? Pela minha parte, não nutro qualquer simpatia pelo presidente da CONFAP, nem o seu discurso me merece qualquer confiança. Cada um escolhe os seus amigos.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Ainda a baixa do IVA
Na minha modesta opinião, quem, de facto, irá beneficiar, é quem faz grandes transações monetárias, de milhares ou milhões de euros, que estejam sujeitas a IVA. Numa conta de supermercado de 100 euros, a diferença é de 1 euro, para já não falar na bica ou no galão. Por isso, é legítima a pergunta: a quem se destina esta medida?
Público, hoje
Parece que muito boa gente irá meter dinheiro ao bolso com esta medida.
Para quando um alargar do cinto para a classe média e os trabalhadores por conta de outrem?
quarta-feira, 26 de março de 2008
Dr. Marinho Pinto e o Caso "Carolina Michaelis"
Dá também a ideia que o Dr. Marinho Pinto não percebeu bem o que está aqui em jogo. Estes incidentes, que se multiplicam nas nossas escolas, minam o sistema educativo e, quando este falha, o estado de direito está em perigo, pelo que é de saudar a lucidez e inteligência de Pinto Monteiro. Se é certo que o ocorrido não é apenas um caso de polícia, é também verdade que o envolvimento do Ministério Público fará com que outros jovens de sangue na guelra se "amansem" e reflictam um pouco que seja no que se estão a meter.
Aluna que agrediu professora vai ser alvo de processo no Tribunal de Menores
A decisão terá sido tomada ontem pelo Ministério Público que pretende apurar se houve ou não algum ilícito penal por parte da jovem, quando esta tentou retirar o telemóvel à professora, isto é, se houve ofensas à integridade física da docente ou crime de injúrias.
Com a nova legislação as autoridades não precisam de queixa para actuar, pois no caso de ter existido algum ilícito haverá sempre crime público.
Tendo em consideração a idade da aluna, 15 anos, o Tribunal de Menores era a única hipótese possível em termos legais. Caso seja considerada culpada no final do processo, a menor pode enfrentar uma medida tutelar educativa, pretendendo-se a “educação para o Direito”.
Até ao momento a professora não fez nenhuma participação formal fora da escola.
Entretanto, Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, em entrevista à Sic, criticou a atitude do Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, por ter mandado investigar este caso e ter pedido mais autoridade para os professores, quando ninguém fez queixa.
Marinho Pinto considerou a intervenção do PGR “excessiva”, já que o direito criminal não serve para combater estes crimes. “Acho que o Ministério Público devia investigar a verdadeira criminalidade e apresentar resultados”, acrescentou o bastonário.
terça-feira, 25 de março de 2008
Do meu ponto de vista, a questão educação/ensino é, em larga escala, mais uma questão de semântica do que algo de substancial. Isto porque um jovem que seja mais culto em ciência, artes, línguas, história, desporto, é alguém que terá mais espírito crítico, que terá assimilado regras de convivência e respeito pelos outros, que terá aprendido a trabalhar em equipa, que será mais informado e terá consciência das consequências das suas acções, enfim, que será mais responsável. Daí a importância do ensino generalista, tantas vezes posto em causa com o argumento de que “nem todos têm que ser doutores”, que, tendo alguma verdade, aponta para um ensino demasiado especializado e também demasiado virado para o concreto, com os riscos inerentes.
O problema é, então, como fazer com que as aulas funcionem de modo a permitir que esse saber seja transmitido. Só reforçando a autoridade do Professor, que é exactamente o contrário do que tem sido feito ao longo destes anos e, em particular, no mandato de Maria de Lourdes Rodrigues. A autoridade perante os alunos impõe-se. É claro que também se conquista, mas isso é partindo do pressuposto que o outro lado está de boa fé. Ora, é precisamente o que não acontece em muitos casos. Há claramente por parte de muitos alunos, e eu experimentei isso em muitas situações, uma tentativa de boicotar sistematicamente o trabalho dentro da sala de aula. Por vezes, essa tentativa é generalizada à turma toda. Há também a tentativa de “aniquilação” do professor, através de jogos armadilhados, como se o mundo ideal, para esses alunos, fosse um mundo caótico, sem valores nem regras. É, como já vi escrito algures, uma nova forma de fascismo, aquela com que muitos professores são hoje confrontados. E para lutar contra esse fascismo é necessário cerrar fileiras, a todos os níveis: turma, escola, ministério, comunicação social… o que está muito longe de acontecer.