segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

TO THE ROSE UPON THE ROOD OF TIME

RED Rose, proud Rose, sad Rose of all my days!
Come near me, while I sing the ancient ways:
Cuchulain battling with the bitter tide;
The Druid, grey, wood-nurtured, quiet eyed,
Who cast round Fergus dreams, and ruin untold;
And thine own sadness, whereof stars, grown old
In dancing silver-sandalled on the sea,
Sing in their high and lonely melody.
Come near, that no more blinded by man's fate,
I find under the boughs of love and hate,
In all poor foolish things that live a day,
Eternal beauty wandering on her way.

Come near, come near, come near -- Ah, leave me still
A little space for the rose-breath to fill!
Lest I no more hear common things that crave;
The weak worm hiding down in its small cave,
The field-mouse running by me in the grass,
And heavy mortal hopes that toil and pass;
But seek alone to hear the strange things said
By God to the bright hearts of those long dead,
And learn to chaunt a tongue men do not know
Come near; I would, before my time to go,
Sing of old Eire and the ancient ways:
Red Rose, proud Rose, sad Rose of all my days.

W. B. Yeats (1865-1939)

Tirado daqui

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A living fossil found in Namibia: Scientific American


A living fossil found in Namibia: Scientific American

"Researchers have discovered two living species—so recently that they have yet to be named—of this Alavesia fly, a genus that had previously only been seen preserved in Cretaceous-era amber in Spain and Burma. The flies, captured in dry streambeds along Namibia's highest mountain, the Brandberg Massif, have wings only about 0.08 inch (two millimeter) long. The discovery came out of a 2002 bug inventory on the plateau-like mountain (which predates the separation of the southernmost four continents) that also yielded a new suborder of carnivorous insects known as Mantophasmatodea. The new species of this ancient "dance fly" genus were only recognized by researchers Bradley Sinclair, an entomologist at the Canadian Food Inspection Agency, and Ashley Kirk-Spriggs, who leads the Entomology department at the South Africa National Museum, in 2007."


Henri Goulet/Canadian National Collection of Insects, Ottawa

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Valência

Num café em Valência, Espanha

DREN desmente "obrigação" dos professores em participarem no desfile de Carnaval

Notícia do "Púbico":

"A directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, garantiu ontem à Lusa que nenhum professor de Paredes de Coura foi obrigado a participar no desfile de Carnaval. Sublinhou, no entanto, "que o cortejo teria forçosamente que sair à rua".
"A DREN [Direcção Regional de Educação do Norte] nunca mandou alterar uma decisão do Conselho Pedagógico do agrupamento. Apenas determinou que o cortejo teria que ser feito, fosse com os professores, fosse com os pais, fosse com a comunidade, fosse com a própria DREN", frisou Margarida Moreira[...]"

Bom jogo de palavras, para fugir ao essencial, que foi a intimação dos professores para que o desfile se realizasse, fazendo tábua rasa de uma decisão da escola. Porque não tomou, então, a DREN a iniciativa de organizar o desfile?
Do meu ponto de vista, configura uma certa falta de honestidade intelectual, de quem quer dourar a pílula, ou virar o bico ao prego.

Comentário em "Ferrao.org"

Aqui fica um comentário que deixei no blogue "Ferrao.org".

"É verdade que o sistema soviético ruiu. No entanto, serviu durante muitos anos de contrapeso ao capitalismo selvagem. Não nos esqueçamos que muitos dos direitos que hoje temos na Europa ocidental, a que alguns hipocritamente chamam privilégios, se devem aos ideais socialista e comunista, materializados através das lutas sindicais e de massas. As ferias pagas, o 13º mês, o fim de semana, o acesso universal à educação e à saúde, só para dar alguns exemplos, não foram dados de mão beijada pelo sistema capitalista, desde o séc XIX até hoje.
O que falta descobrir é um sistema económico e social sem os caracteres economicamente opressivo do sistema capitalista e individualmente opressivo do sistema soviético.
Quanto a Cuba, comparada com outros países da América Central e do Sul, atingiu grandes vitórias. Dir-se-á, a um preço demasiado alto na limitação da liberdade individual... Mas será uma longa discussão sobre o que é e o que condiciona a liberdade individual. Nesse sentido, também os EUA têm a sua quota parte de limitação da liberdade individual."

Solidariedade com Paredes de Coura

IOL Diário (Foto de Arménio Belo/Lusa)

Tirado daqui

Comentário meu de 18 de Fevereiro neste "post" do blogue "Fliscorno":

"Os professores devem, antes de mais, dar aulas. Esta verdade de La Palice anda muito esquecida no nosso ensino. É preciso conhecer a realidade das escolas para perceber como os docentes se desdobram em preparação de aulas, correcção de testes, apoios curriculares e extra curriculares, reuniões de avaliação, reuniões intercalares, encontros com os encarregados de educação, visitas de estudo, apoio à biblioteca, apoio à ludoteca, aulas de substituição, reuniões do conselho pedagógico, reuniões do conselho de directores de turma, reuniões de departamento... para além de, entretanto, darem aulas.
Como se não bastasse, têm agora o monstro burocrático da avaliação.
Compreendo perfeitamente esta tomada de posição e gostava, sinceramente, que não cumprissem a ordem prepotente (com que direito?) da DREN de obrigar à realização do desfile, como foi noticiado hoje na TV."

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras

Notícia do "Público"

O presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras foi entrevistado ontem no "Jornal das Nove". De acordo com Carlos Miguel, a acção do Ministério Público foi desencadeada por uma denúncia e a própria procuradora ficou embaraçada quando lhe foi mostrada a "prova do crime".
O que é estranho é como se dá por adquirida uma denúncia sem se procurar confirmar ou desmentir a mesma. Não me espantava que o autor da queixa se tivesse movido por razões políticas, talvez incomodado com a sátira, mas é confrangedor que o Ministério Público mostre tamanha ingenuidade, deixando-se manipular. Parece que vivemos num país de faz-de-conta, com aprendizes de feiticeiro por todo o lado.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Gondolieri

Veneza

"A Escola tem futuro?" - João Ruivo

Editorial de Fevereiro da revista "Ensino Magazine".

"[...]É que não há Escola contra a Escola. Não há progresso que se trilhe contra os profissionais da educação. Não há políticas educativas sérias a gosto de birras e conjunturas que alimentam os egos pessoais de alguns governantes. Não há medidas que tenham futuro se não galvanizarem na sua aplicação os principais agentes das mudanças educativas: os educadores e os professores[...]"

Texto completo aqui

A pedagogia do fracasso

Texto muito interessante do "Times Online" sobre a realidade Britânica, mas que poderá ter afinidades com o que se passa em Portugal. Tomei conhecimento deste artigo através do blogue "A Educação do Meu Umbigo".

"There is a conspiracy to deny children the vital lesson of failure"

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

AC

Hotel Roma, Lisboa

"Avaliar Professores é Fácil?" - João Ruivo

Editorial da edição de Dezembro de 2008 da revista "online" Ensino Magazine.

"Não! A avaliação de professores não é uma tarefa simples. Que o digam os supervisores que, durante décadas, promoveram a formação inicial e permanente dos nossos docentes. Para avaliar professores requerem-se características pessoais e profissionais especiais, para além de uma formação especializada e de centenas de horas de treino, dedicadas à observação de classes e ao registo e interpretação dos incidentes críticos aí prognosticados.
Cuidado com as ratoeiras! Quem foi preparado para avaliar alunos não está, apenas pelo exercício dessa função, automaticamente preparado para avaliar os seus colegas…
A avaliação de professores é uma tarefa complexa. Desde logo, requer um perfil específico do avaliador. Ou seja, nem todos os professores reúnem as condições para avaliarem. O avaliador terá que ser uma pessoa com conhecimentos especializados, com enorme sensibilidade, com capacidade analítica e de comunicação empática, com experiência de ensino e elevada responsabilidade social. Terá que ser um profissional que sabe prestar atenção, sabe escutar, sabe clarificar, sabe encorajar e ajudar a encontrar soluções, sabe dar opiniões, e que sabe ainda negociar, orientar, estabelecer critérios e assumir todo o risco das consequências da sua acção.
É necessário que domine com rigor as técnicas de registo e de observação de aulas, conheça as metodologias de treino de competências, os procedimentos de planeamento curricular, e as estratégias de promoção da reflexão crítica sobre o trabalho efectuado.
Escolher um avaliador obriga a uma selecção aturada, fundamentada, baseada em critérios de indiscutível mérito e, depois, a uma demorada formação específica e especializada. Para que uma avaliação tenha consequências, o avaliado não pode ter quaisquer dúvidas sobre o mérito do avaliador.
Avaliar é uma tarefa periscópica. O avaliador é chamado a pronunciar-se sobre inúmeros domínios sobre os quais se reflecte o pluridimensional acto de ensinar. Quando avalia, olha o professor sobre variadíssimos ângulos e prismas: aprecia o professor enquanto pessoa, como membro de uma comunidade profissional, como técnico qualificado na arte de ensinar e como especialista das matérias que ensina.
Por outras palavras o avaliador avalia o professor em vertentes tão diferenciadas quanto o são o seu ser, o seu saber e o seu saber fazer. Logo, o avaliador tem que estar atento a um grande número de variáveis que intervêm na função docente: variáveis de produto, de processo, de presságio, de carácter pessoal e profissional…
O avaliador recolhe elementos que permitam avaliar, e depois classificar, o professor enquanto tenta responder às seguintes questões: Onde ensina? O que é que ele ensina? Como é que ensina? O que aprendem os seus alunos? Como se auto avalia? Que capacidade tem para reformular a sua actuação? Com que profundidade domina as matérias que pretende ensinar?
O avaliador não trabalha com o professor apenas na sala de aula. Ele tem que apreender o modo como o professor se envolve com os seus alunos numa situação de classe, mas também como este se implica junto da comunidade escolar e na sociedade que envolve a escola. Porque trabalha com ele como profissional, mas também enquanto pessoa.
Formar um avaliador leva tempo, elevadas doses de paciência, muito treino e conhecimento especializado. A escolha de um avaliador não pode ser casual e, sobretudo, não pode depender de critérios político administrativos.
Porquê? Porque o avaliador tem que saber verificar não só o que os professores fazem, mas também como o fazem e, simultaneamente, garantir a melhoria da qualidade da sua intervenção na sala de aula, bem como a qualidade do produto, isto é, da aprendizagem dos alunos.
Por isso mesmo a avaliação de um professor não pode ser uma actividade episódica, pontual e descontinuada. A avaliação de um professor requer uma actividade continuada, porque importam mais as actividades de reformulação que venham a ser consideradas do que o simples diagnóstico da sua actual situação. A avaliação de um professor é então uma actividade projectada no futuro.
Avaliar um professor é, pois, dizíamos, uma tarefa muito, mesmo muito complexa. Simples, muito simples mesmo, é avaliar um ministro que pensa ser possível reduzir a avaliação dum professor a uma mera empreitada administrativa, compilada em duas páginas de panegíricos ou de recriminações."

João Ruivo

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Comentário em "A educação do Meu Umbigo"

Aqui fica uma versão revista de um comentário que deixei a propósito deste "post" de Paulo Guinote:


"Deixei de dar aulas no ensino básico e secundário em 2004 e não conheço detalhadamente todos os pormenores do actual modelo de avaliação, por isso tenho-me abstido de comentá-los aqui no blogue do Paulo. Mas o que sei da actividade docente e o que vou acompanhando da discussão levam-me a pensar que se está a elaborar num equívoco (propositado ou não, dependendo dos intervenientes) quando se pretende criar um modelo de avaliação formal e sofisticado para o ensino básico e secundário. A ideia de avaliar o mérito dos profissionais prende-se com a gestão por objectivos, com origem no neoliberalismo. Se faz algum sentido económico, embora arrepie pela desumanidade, que se premeie um operário pelo número de sapatos que produz, já me causa alguma perplexidade que se avalie um professor pela maior ou menor interacção com a comunidade educativa ou pela quantidade de materiais didácticos que realiza para o grupo disciplinar. Isto porque a principal função do docente está na sala de aula, o seu objectivo primeiro é ensinar. E, aqui, coloca-se uma questão de objectividade: como criar critérios universais de avaliação que estabeleçam a excelência? Existe um único perfil de professor excelente? Não será a excelência dependente do meio em que se insere o docente, do nível cultural, social e económico dos alunos, das suas regras de conduta e do seu apetite pelo saber, do maior ou menor apoio da comunidade educativa, do ambiente da escola? E não será também função das características subjectivas de cada um? Para já não falar no facto absurdo de se procurar saber da excelência com 2 ou 3 aulas assistidas…
Quanto a avaliar o docente pelos resultados dos alunos, que seria o mais próximo da gestão por objectivos, acho que estamos todos de acordo que é algo totalmente descabido, que iria gerar enormes injustiças por, obviamente, não existir um meio escolar homogéneo por todo o país, e também por tornar os professores reféns dos alunos, tendo até o próprio ME abdicado de tamanho disparate.
Os professores do ensino superior possuem um método objectivo de avaliação que, embora possa causar efeitos perversos, baseia-se em critérios universais. Mas incide predominantemente no trabalho de investigação, não na actividade docente.
É por isso que, até que alguém consiga mostrar-me o contrário, não acredito que exista um método formal e sofisticado de avaliação para o ensino básico e secundário, que seja sério, justo e credível, para além do que possa estar associado à avaliação dos conhecimentos científicos e que terá o seu momento próprio na formação, seja a inicial, seja a contínua."