quinta-feira, 27 de março de 2008

Ainda a baixa do IVA

Teixeira dos Santos promete vigilância para que baixa do IVA beneficie consumidores
27.03.2008 - 15h53
Por Lusa

Na minha modesta opinião, quem, de facto, irá beneficiar, é quem faz grandes transações monetárias, de milhares ou milhões de euros, que estejam sujeitas a IVA. Numa conta de supermercado de 100 euros, a diferença é de 1 euro, para já não falar na bica ou no galão. Por isso, é legítima a pergunta: a quem se destina esta medida?


Público, hoje

Descida do IVA pode vir a não ser sentida pelos consumidores


Parece que muito boa gente irá meter dinheiro ao bolso com esta medida.
Para quando um alargar do cinto para a classe média e os trabalhadores por conta de outrem?

quarta-feira, 26 de março de 2008

Sedução

Veneza

Dr. Marinho Pinto e o Caso "Carolina Michaelis"

A argumentação do Bastonário da Ordem dos Advogados, expressa na notícia do Público, parece-me ser demasiado linear, já que, com certeza que o Ministério Público não deixará de investigar a grande criminalidade por se ocupar do caso da Escola Carolina Michaelis. Se tem poucos recursos, que exija mais e lhos sejam dados.
Dá também a ideia que o Dr. Marinho Pinto não percebeu bem o que está aqui em jogo. Estes incidentes, que se multiplicam nas nossas escolas, minam o sistema educativo e, quando este falha, o estado de direito está em perigo, pelo que é de saudar a lucidez e inteligência de Pinto Monteiro. Se é certo que o ocorrido não é apenas um caso de polícia, é também verdade que o envolvimento do Ministério Público fará com que outros jovens de sangue na guelra se "amansem" e reflictam um pouco que seja no que se estão a meter.

Aluna que agrediu professora vai ser alvo de processo no Tribunal de Menores

A aluna que esteve envolvida no caso de agressão a uma professora na Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, vai ser alvo de um processo no Tribunal de Menores, avançou hoje o “Jornal de Notícias”.

A decisão terá sido tomada ontem pelo Ministério Público que pretende apurar se houve ou não algum ilícito penal por parte da jovem, quando esta tentou retirar o telemóvel à professora, isto é, se houve ofensas à integridade física da docente ou crime de injúrias.

Com a nova legislação as autoridades não precisam de queixa para actuar, pois no caso de ter existido algum ilícito haverá sempre crime público.

Tendo em consideração a idade da aluna, 15 anos, o Tribunal de Menores era a única hipótese possível em termos legais. Caso seja considerada culpada no final do processo, a menor pode enfrentar uma medida tutelar educativa, pretendendo-se a “educação para o Direito”.

Até ao momento a professora não fez nenhuma participação formal fora da escola.

Entretanto, Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, em entrevista à Sic, criticou a atitude do Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, por ter mandado investigar este caso e ter pedido mais autoridade para os professores, quando ninguém fez queixa.

Marinho Pinto considerou a intervenção do PGR “excessiva”, já que o direito criminal não serve para combater estes crimes. “Acho que o Ministério Público devia investigar a verdadeira criminalidade e apresentar resultados”, acrescentou o bastonário.

terça-feira, 25 de março de 2008

Ciência Viva

Expo - Lisboa

Aqui fica um comentário que deixei no blogue arrastão a propósito deste "post" de Daniel Oliveira:

Do meu ponto de vista, a questão educação/ensino é, em larga escala, mais uma questão de semântica do que algo de substancial. Isto porque um jovem que seja mais culto em ciência, artes, línguas, história, desporto, é alguém que terá mais espírito crítico, que terá assimilado regras de convivência e respeito pelos outros, que terá aprendido a trabalhar em equipa, que será mais informado e terá consciência das consequências das suas acções, enfim, que será mais responsável. Daí a importância do ensino generalista, tantas vezes posto em causa com o argumento de que “nem todos têm que ser doutores”, que, tendo alguma verdade, aponta para um ensino demasiado especializado e também demasiado virado para o concreto, com os riscos inerentes.
O problema é, então, como fazer com que as aulas funcionem de modo a permitir que esse saber seja transmitido. Só reforçando a autoridade do Professor, que é exactamente o contrário do que tem sido feito ao longo destes anos e, em particular, no mandato de Maria de Lourdes Rodrigues. A autoridade perante os alunos impõe-se. É claro que também se conquista, mas isso é partindo do pressuposto que o outro lado está de boa fé. Ora, é precisamente o que não acontece em muitos casos. Há claramente por parte de muitos alunos, e eu experimentei isso em muitas situações, uma tentativa de boicotar sistematicamente o trabalho dentro da sala de aula. Por vezes, essa tentativa é generalizada à turma toda. Há também a tentativa de “aniquilação” do professor, através de jogos armadilhados, como se o mundo ideal, para esses alunos, fosse um mundo caótico, sem valores nem regras. É, como já vi escrito algures, uma nova forma de fascismo, aquela com que muitos professores são hoje confrontados. E para lutar contra esse fascismo é necessário cerrar fileiras, a todos os níveis: turma, escola, ministério, comunicação social… o que está muito longe de acontecer.

Princípio


Cabo Carvoeiro